O barco brasileiro dos comandantes Luciano Secchin, Mauro Dottori e Luis Staub ficou em terceiro lugar na Les Voiles de Saint-Tropez, na França. A bordo do TP-52 espanhol Blue Carbon brigou pelo título até o final neste domingo (6) nesta que é uma das competições mais tradicionais do calendário náutico internacional.
O feito é ainda mais expressivo diante do alto nível da competição, que reuniu barcos mais modernos e adversários de peso. O título ficou com o dinamarquês Nanoq e a prata com o italiano Lisa R.
A tripulação foi composta por uma mistura de velejadores brasileiros, espanhóis, argentinos e uruguaios. Dentre os nacionais, o time contou com atletas do +Bravissimo (ICES), atual campeão brasileiro de ORC (YCI), do Phoenix e competidores de HPE25 do Espetáculo do YCS, formando um verdadeiro "dream team" nas águas francesas.
Luciano Secchin, um dos comandantes do Blue Carbon, comentou sobre a satisfação e surpresa com o resultado. ''A gente tinha uma tripulação, basicamente dois espanhóis, dois argentinos, um uruguaio e dez brasileiros. Pessoal basicamente do Phoenix, do Bravíssimo e do HP 25 lá do Luiz Staub. Rapaz, sinceramente a gente não esperava ir tão bem'', disse ele.
Secchin ainda lembrou da experiência no ano anterior na regata Tregolfo, quando a equipe também obteve um bom desempenho. “Ano passado a gente foi até bem lá na Tregolfo, nesse esquema parecido, no TP-52, mas esse ano aqui tinha cinco TP-52 e alguns barcos, todos mais novos que o nosso. Então a gente não tinha essa expectativa de terminar tão bem”, afirmou.
Apesar de não ter conquistado o título, a equipe brasileira esteve próxima da vitória. ''A gente poderia até ter ganhado o campeonato. Chegamos no último dia com alguma chance de ganhar. Mas o Nanoq, barco alugado pelo Rei Frederico da Dinamarca, conseguiu vencer. Ele é simplesmente pentacampeão daqui de Saint-Tropez. No último dia ele ganhou a regata e acabou levando o campeonato'', relatou Luciano.
Bayard Neto, comodoro da ABVO, expressou grande orgulho pela conquista da equipe brasileira em Saint-Tropez. ''Esse resultado é motivo de enorme satisfação para o esporte brasileiro. Quero parabenizar todos os velejadores pela performance expressiva. Eles demonstraram não apenas talento, mas também uma dedicação impressionante em representar o Brasil em uma competição de tão alto nível. É uma honra ver nosso país tão bem representado no cenário internacional da vela''.
A maior parte dos velejadores do Blue Carbon devem integrar suas tripulações em regatas de outubro como a Ilha dos Arvoredos e a tradicional Santos-Rio, ambas chanceladas pela ABVO.
Sobre a ABVO
Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.
A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro.
Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.
Tradicional regata foi disputada com muita variação de vento nas suas 200 milhas náuticas
Regata de oceano mais antigo do país é chancelada pela ABVO - Associação Brasileira de Veleiros de Oceano
ABVO chancela uma das mais tradicionais regatas do país
Largada da Santos-Rio será em 25 de outubro no litoral paulista