Os ventos de até 15 nós nas raias de Ilhabela levaram mais emoção à segunda etapa da Copa Mitsubishi, chancelada pela Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, a ABVO. A abertura, neste final de semana (24 e 25 de maio), contou com três regatas para as classes ORC, Bra-RGS, RGS Cruiser e Clássicos, e cinco para as classes C30 e HPE25.
O tradicional circuito de vela oceânica reúne 42 equipes entre as principais do País. A disputa é uma prévia da 52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela, marcada para o final de julho.
Após as regatas do primeiro final de semana, o Phytoervas de Marcelo Bellotti assumiu a liderança na classe ORC e também na divisão Racer, com 5 pontos perdidos. O Inaê Soto (Bayard Neto) é o segundo na Racer, com 7 pontos perdidos, seguido pelo King (Fábio Faccio), com 15,5. Na ORC Cruiser, o pódio provisório está com Lucky V (Luiz Villares), Xamã (Sergio Klepacz) e Jazz (John Julio Jansen), primeiro, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
"Como comodoro da ABVO, fico bastante entusiasmado em ver diversos barcos de diversas classes num evento como a Mitsubishi. Mostra que o trabalho da ABVO de unir as classes, trazer para perto a Bra-RGS e dar mais credibilidade ao certificado da ORC vem dando resultado, com regatas parelhas e grandes disputas", comemorou o comodoro Bayard Neto, que também participa da disputa no comando do Inaê Soto.
"Estou muito satisfeito com a evolução da equipe e o trabalho técnico feito no barco. Fizemos uma regata de percurso muito disputada, só não ganhamos por um detalhe. Fizemos duas provas barla-sota também muito disputadas. Agora vamos para o próximo final de semana com a perspectiva de brigar pelo título", destacou Bayard,
Na BRA-RGS A, o líder é o Sossegado de Marco Hidalgo, com o Zeus (Paulo Moura) em segundo e o BL3 Urca (Clauberto Andrade) em terceiro. O My Boy de Lars Müller é o primeiro na divisão B, seguido pelo Kaluanã (Leonardo Soldon) e d Malagueta (Fábio Tenório). Já na divisão C, os três primeiros são o Comanda de Sebastian Menendez, Táquion (Humberto Diniz) e Bora Bora (Isabela Malpighi).
"O primeiro lugar na RGS B é fruto de um minucioso trabalho de ajustes, tanto no barco como na equipe. Mas, se fosse colocar alguma ordem de prioridade ,diria que o time tem tido o maior impacto. Ensaiamos manobras, e nesse final de semana a sincronia beirou a perfeição. Não tivemos nenhuma falha nas manobras", elogiou Lars Müller, comandante do My Boy. "Buscar o melhor posicionamento nas largadas também tem sido fundamental ao fugir do "embolado" dos barcos que buscam o melhor lado da raia. Como viemos da ORC recentemente, onde sofríamos muito com a busca pelo posicionamento perfeito na largada, aprendemos a valorizar o "vento aberto" e sem interferência, para permitir o melhor desempenho do barco logo na largada."
Nos Clássicos, o Morgazek de Michele D´Ipolitto repetiu o desempenho da primeira etapa e segue na liderança. O Fuga III (Robinson Leite) vem logo atrás, seguido pelo Brazuka (José Rubens Bueno).
Das cinco regatas realizadas na classe C30, o Tonka de Demians Pons venceu três e está na liderança, com Relaxa/Building (Tomas Mangabeira) e o Kaikias (Daniel Hilsdorf e Fábio Auricchio) em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Também com três vitórias nas cinco regatas, o Espetáculo de Luís Fernando Staub assumiu a liderança da HPE25, superando o Ginga (Breno Chvaicer), segundo colocado, e o Saci (Fabio Cotrim), terceiro.
As regatas finais da segunda etapa da Copa Mitsubishi serão disputadas no próximo final de semana (31 de maio e 1º de junho).
Resultados parciais da segunda etapa da Copa Mitsubishi
ORC Racer
Phytoervas (Marcelo Bellotti) - (1+3+1) - 5 pontos perdidos
Inaê Soto (Bayard Neto) - (4+1+2) - 7 pp
King (Fábio Faccio) - (7+5+3,5) - 15,5 pp
ORC Cruiser
Lucky V (Luiz Villares) - (3+4+3,5) - 10,5 pontos perdidos
Xamã (Sérgio Klepacz) - (2+2+8 DNF) - 12 pp
Jazz (John J Jansen) - (6+7+5) - 18 pp
RGS A
Sossegado (Marco Hidalgo) - (1+1+1) - 3 pontos perdidos
Zeus (Paulo Moura) - (2+2+2) - 6 pp
BL3 Urca (Clauberto Andrade) - (3+3+3) - 9 pp
RGS B
My Boy (Lars Müller) - (1+1+1) - 3 pontos perdidos
Kaluanã (Leonardo Soldon) - (2+2+2) - 6 pp
Malagueta (Fábio Tenório) - (5+3+3) - 11 pp
RGS C
Comanda (Sebastian Menendez) - (1+1+1) - 3 pontos perdidos
Taquion (Humberto DIniz) - (3+3+2) - 8 pp
Bora Bora (Isabela Malpighi) - (4+2+3) - 9 pp
RGS Cruiser
Helios (Marcos Gama Lobo) - (1+1+3) - 5 pontos perdidos
Bossa Nova (Valéria Ravani) - (2+2+1) - 5 pp
Mamanguá (Paulo Brunozi) - (5+3+2) - 10 pp
Clássicos
Morgazek (Mich D´Ippolito) - (3+1+1) - 5 pontos perdidos
Fuga III (Robinson Leite) - (2+2+3) - 7 pp
Brazuca (José Rubens Bueno) - (1+5 DNF+2) - 8 pp
C30
Tonka (Demian Pons) - (1+[2]+1+1+1) - 4 pontos perdidos
Relaxa/Building (Tomás Mangabeira) - ([3]+1+2+2+2) - 7 pp
Kaikias (Daniel Hilsdorf/Fábio Aurichio) - (2+3+[4]+3+3) - 11 pp
HPE25
Espetáculo II ( Luis Fernando Staub) - (1+1+[2]+1+2) - 5 pontos perdidos
Ginga (Breno Chvaicer) - ([4]+2+1+2+1) - 6 pp
Saci (Fábio Cotrim) - ([3]+3+3+3+3) - 12 pp
Homenagem
A segunda etapa da Copa Mitsubishi também teve clima de homenagem. Daniel Fontana Ventura Alves, o Jacaré, foi lembrado pelos velejadores em disputa. Muito querido na comunidade náutica, Jacaré foi árbitro de regata, atuando como braço direito de Cuca Sodré nas principais competições nacionais e internacionais de Vela.
Sobre a ABVO
Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.
A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro.
Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.
Segundo final de semana da competição terminou neste domingo (1º de junho), com premiação e confraternização entre as equipes em Ilhabela (SP)
Com chancela da ABVO, competição será realizada nos dias 24, 25 e 31 de maio e 1º de junho
Chancelados pela ABVO, Santos-Rio larga em 24 de outubro no litoral paulista, e Circuito Rio terá regatas de 6 a 9 de novembro, no Rio de Janeiro.
Entidade oficial da Confederação Brasileira de Vela, a ABVO reforça seu legado e anuncia ações comemorativas, mirando o futuro da modalidade no país.